Foi na velha Europa, no início da década de 80, que o movimento ambientalista, até então restrito à imagem de protetor dos bichos e dos parques, ganhou notoriedade e força política, irrompendo como protagonista no cenário mundial.
Os efeitos sócio-ambientais negativos, do processo de globalização, detonaram o surgimento de um movimento, que rapidamente ganhou as primeiras paginas dos jornais, atravessando de forma horizontal o sistema político tradicional, até então dividido pelas ideologias de Direita e Esquerda.
Junto aos novos sujeitos sociais como: movimentos dos consumidores, de gênero, das minorias étnicas, religiosas e sociais, os ambientalistas incluíram a “natureza” como sujeito fundamental com direito à cidadania.
As gritantes desigualdades entre O “Norte” e o “Sul” do Planeta, pela primeira vez foram identificadas com a exploração predatória dos recursos naturais perpetradas pelas nações ricas à custa dos paises pobres. As crises mundiais, políticas, sociais, energéticas, e ambientais começaram a ser lidas como uma conseqüência desse modelo desigual, aonde os paises ricos podiam consumir o 80% dos recursos naturais e os paises pobres (a grande maioria), consumirem apenas o 20% desses recursos.
O modelo de desenvolvimento global, seus mecanismos perversos, os modelos de consumo, o uso democrático e sustentável dos recursos naturais começaram a ser discutidos numa ótica global, superando o “nacionalismo tradicional”, até porque a questão ambiental transcende os tradicionais limites territoriais das nações. O aquecimento global que afeta todo o planeta é provocado, principalmente, pela demasiada emissão de gases de uma minoria de nações ricas. A destruição das florestas tropicais tem efeitos deletérios para o clima de toda comunidade internacional, uma ação ambientalmente irresponsável de um nosso vizinho terá um reflexo negativo direto na vida de todos nós.
Ao identificar as Nações Desenvolvidas como principal imputado desse modelo perverso, os ambientalistas começaram a pressionar o Grupo das Nações mais Ricas (G-7), que para garantir seu padrão de consumo e de vida, usam o capital financeiro e a ação das empresas multinacionais, para perpetuar a exploração econômica e ambiental dos paises pobres, que possuem abundancia de recursos naturais. Com tamanho desafio os ambientalistas reorganizaram suas ações, justamente na mesma escala das multinacionais: a escala global, aonde se joga a partida do futuro do Planeta e da humanidade. Nesse cenário o movimento ambientalista perdeu as características nacionais e tornou-se um movimento mundial.
Se perguntar hoje para um ativista do WWF internacional, ou do Greenpeace, onde está sua matriz. Se estiver no Brasil responderá que é no Brasil, mas dado que a Entidade tem presença em quase todos os paises do mundo, poderá dizer que sua organização tem sede central naquela tal Cidade daquele tal País. Que congrega tantos milhões de aderentes no mundo todo, que no Brasil têm tantos adeptos e que seu movimento é mais forte na Europa e menos na Ásia, e lá vai.
Na verdade isso em nada difere de outras agremiações globais, como por exemplo, as Igrejas. Os católicos sabem que a Santa Sede está no Vaticano, mas não por isso negam seu pertencimento à Igreja brasileira. Todas as outras confissões também trabalham nessa escala..
Assim sabemos que a Sede Central do WWF Internacional está na Suíça, como sabemos que o Greenpeace tem base central na Holanda, assim como os Amigos da Terra, mas todos eles agem no mundo todo, sem restrições nacionais, e quando se trata de agir em favor da causa ambiental, ninguém se faz problema de participar, seja aonde for, seja onde estiver.
A Multinacional Cargill é propriedade de uma Família Americana, mas ela atua em grandes partes dos paises do Mundo afora criando problemas sociais e ambientais, e não é de hoje que está sendo enfrentada pelos ambientalistas e movimentos sociais dos respectivos paises. Na década de 90, na Índia, a Cargill passou pelos mesmos problemas que está passando agora em Santarém, naquele País, teve que recuar ressarcindo financeiramente os prejuízos ambientais e sociais que provocou.
Entender o tabuleiro onde se joga a questão global é fundamental, isso para não cair no “provincianismo” que grupos trogloditas locais tentam insuflar na cabeça das pessoas, especialmente quando os interesses em jogo são grandes, e envolvem conflitos que podem ter sim, o seu ponto agudo em Santarém, mas que na verdade se jogam na mesa dos interesses globais.
A ação dos movimentos sociais e do Greenpeace contra a Cargill em Santarém, é apenas um dos lugares onde a Multinacional está sendo encurralada, e a pressão maior está sendo conduzida lá fora, com o mercado da soja e os seus clientes.
Quando a Cargill perceber, como já está percebendo, que com sua presença conflituosa em Santarém, perderá mercado global, não pensará duas vezes em migrar em outras direções, abandonando o campo, e dando um chute na bunda dos seus esquentados aliados locais. Eticamente isso é até discutível, mas todos sabem que no fundo, o mercado não tem alma.
Os efeitos sócio-ambientais negativos, do processo de globalização, detonaram o surgimento de um movimento, que rapidamente ganhou as primeiras paginas dos jornais, atravessando de forma horizontal o sistema político tradicional, até então dividido pelas ideologias de Direita e Esquerda.
Junto aos novos sujeitos sociais como: movimentos dos consumidores, de gênero, das minorias étnicas, religiosas e sociais, os ambientalistas incluíram a “natureza” como sujeito fundamental com direito à cidadania.
As gritantes desigualdades entre O “Norte” e o “Sul” do Planeta, pela primeira vez foram identificadas com a exploração predatória dos recursos naturais perpetradas pelas nações ricas à custa dos paises pobres. As crises mundiais, políticas, sociais, energéticas, e ambientais começaram a ser lidas como uma conseqüência desse modelo desigual, aonde os paises ricos podiam consumir o 80% dos recursos naturais e os paises pobres (a grande maioria), consumirem apenas o 20% desses recursos.
O modelo de desenvolvimento global, seus mecanismos perversos, os modelos de consumo, o uso democrático e sustentável dos recursos naturais começaram a ser discutidos numa ótica global, superando o “nacionalismo tradicional”, até porque a questão ambiental transcende os tradicionais limites territoriais das nações. O aquecimento global que afeta todo o planeta é provocado, principalmente, pela demasiada emissão de gases de uma minoria de nações ricas. A destruição das florestas tropicais tem efeitos deletérios para o clima de toda comunidade internacional, uma ação ambientalmente irresponsável de um nosso vizinho terá um reflexo negativo direto na vida de todos nós.
Ao identificar as Nações Desenvolvidas como principal imputado desse modelo perverso, os ambientalistas começaram a pressionar o Grupo das Nações mais Ricas (G-7), que para garantir seu padrão de consumo e de vida, usam o capital financeiro e a ação das empresas multinacionais, para perpetuar a exploração econômica e ambiental dos paises pobres, que possuem abundancia de recursos naturais. Com tamanho desafio os ambientalistas reorganizaram suas ações, justamente na mesma escala das multinacionais: a escala global, aonde se joga a partida do futuro do Planeta e da humanidade. Nesse cenário o movimento ambientalista perdeu as características nacionais e tornou-se um movimento mundial.
Se perguntar hoje para um ativista do WWF internacional, ou do Greenpeace, onde está sua matriz. Se estiver no Brasil responderá que é no Brasil, mas dado que a Entidade tem presença em quase todos os paises do mundo, poderá dizer que sua organização tem sede central naquela tal Cidade daquele tal País. Que congrega tantos milhões de aderentes no mundo todo, que no Brasil têm tantos adeptos e que seu movimento é mais forte na Europa e menos na Ásia, e lá vai.
Na verdade isso em nada difere de outras agremiações globais, como por exemplo, as Igrejas. Os católicos sabem que a Santa Sede está no Vaticano, mas não por isso negam seu pertencimento à Igreja brasileira. Todas as outras confissões também trabalham nessa escala..
Assim sabemos que a Sede Central do WWF Internacional está na Suíça, como sabemos que o Greenpeace tem base central na Holanda, assim como os Amigos da Terra, mas todos eles agem no mundo todo, sem restrições nacionais, e quando se trata de agir em favor da causa ambiental, ninguém se faz problema de participar, seja aonde for, seja onde estiver.
A Multinacional Cargill é propriedade de uma Família Americana, mas ela atua em grandes partes dos paises do Mundo afora criando problemas sociais e ambientais, e não é de hoje que está sendo enfrentada pelos ambientalistas e movimentos sociais dos respectivos paises. Na década de 90, na Índia, a Cargill passou pelos mesmos problemas que está passando agora em Santarém, naquele País, teve que recuar ressarcindo financeiramente os prejuízos ambientais e sociais que provocou.
Entender o tabuleiro onde se joga a questão global é fundamental, isso para não cair no “provincianismo” que grupos trogloditas locais tentam insuflar na cabeça das pessoas, especialmente quando os interesses em jogo são grandes, e envolvem conflitos que podem ter sim, o seu ponto agudo em Santarém, mas que na verdade se jogam na mesa dos interesses globais.
A ação dos movimentos sociais e do Greenpeace contra a Cargill em Santarém, é apenas um dos lugares onde a Multinacional está sendo encurralada, e a pressão maior está sendo conduzida lá fora, com o mercado da soja e os seus clientes.
Quando a Cargill perceber, como já está percebendo, que com sua presença conflituosa em Santarém, perderá mercado global, não pensará duas vezes em migrar em outras direções, abandonando o campo, e dando um chute na bunda dos seus esquentados aliados locais. Eticamente isso é até discutível, mas todos sabem que no fundo, o mercado não tem alma.
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